31 de julho de 2008

2 anos e meio de ti e para ti

Há 2 anos e meio atrás, por esta altura, já te tinha nos meus braços e devia estar a beijar-te as mãos.
Lembro-me que foi uma das coisas que mais me impressionaram, as tuas mãos.
Tão roxinhas, pequeninas e moles. As cartliagens dos dedos sentiam-se como inexistentes e trazias tantas peles a cobri-los!
Descobrimos logo que tinhas a cabeça do dedo mindinho ligeiramente torto e achamos piada. :-) :-)
Dava-te beijinhos nas mãos pois achava que assim conseguiria activar a circulação e aquecer-tas, apesar de dizerem que era normal nasceres com elas assim.

Um ser tão frágil, à minha responsabilidade, alterou por completo a ideia que tinha do «serei capaz» e despertou em mim o instinto animal mais puro, o da maternidade.
Hoje, já não consigo imaginar a minha vida sem ti, perdeu sentido esse pensamento.

Quando penso, parece que sempre estiveste comigo.
(capaz de parecer algo confusa esta ideia, mas se lida por uma mãe, será entendida na perfeição).

Gostava de te dedicar uns versos, mas hoje, não me sinto nada inspirada.
(não sei se é da chuva, se da altura do mês)

Brincadeira, beijos e carinhos vou dar-te muitos.

Velinhas para apagar também vais ter direito.

Rebuçados, chupas, gomas e gelados (como gostas de enumerar), nem preciso oferecer-tos, vais exigir-mos :-)

Adoro-te minha filha, hoje e sempre.

30 de julho de 2008

O meu mais velho

É merecedor de um post próprio, o meu Z.

Está connosco há quase 12 anos e como sempre, desde que nasceu, é o cão mais lindo, meigo e mau-feitio que alguma vez conheci.
O seu passatempo favorito e aquilo que noto lhe dá real prazer é comer. Então agora, com o aumento dos anos, está um verdadeiro velhinho guloso.
Acaba de jantar e senta-se logo de seguida dentro da despensa, a olhar para cima em direcção à prateleira dos biscoitos, e rouba tudo e mais alguma coisa que a T esteja a comer (até queijo cãozinho, que sempre detestaste, agora comes!).

É dos melhores amigos da piquiaia, deixa-a fazer tudo o que nunca permitiu a nenhuma criança ou mesmo adulto, e ela adora-o do fundo do coração. Chega a chorar por ele, quando vai dar uma volta e demora a aparecer.
E ele, que não gosta nada de «marchar» ao nosso lado mas sim de dar os seus ares de selvagem mau-feitio e correr atrás de outros cães, quando o passeamos com ela, parece um cão de guarda e não desgruda.
Adoro vê-la cansada, no final do dia, a estender a fraldinha no lombo dele, a deitar a cabecinha por cima e a ali ficar a fazer-lhe festas, e a fazer dele almofada.
Nunca se esquece que ele tem que comer e quando não lhe apetece mais e perguntamos «e agora quem vai comer isto?», responde sem rodeios, «o z».

Se lhe ralho e lhe dou uma palmada, olha para mim com «cara» de ofendido e rosna.
(sinal do seu mau feitio, mas não só, acho que até tem razão, mania esta dos humanos de quererem mandar nos animais e pô-los à sua imagem).

Se por acaso há berros mais exaltados em casa, vai para um canto, de rabo no meio das pernas (leia-se patas) e fica a olhar para nós de orelhas baixas, olhar triste e a tremer.

Quando saímos de casa e não o levamos, lá fica ele, a tremer de olhar triste.

E tanto mais haveria para dizer...

Apesar do montão de pêlo espalhado pela casa (que me obrigas a aspirar diariamente, mesmo ao Domingo e quando estou cansada), dos pêlos nas roupas e em tudo o resto, nunca o trocaria por um «despeludo», nem jóia, nem diamante.

Tenho por ele um amor tão grande, que quando lhe chamo o meu mais velho, digo-o de forma sentida, porque ele é mesmo o meu mais-velho!

29 de julho de 2008

Férias em Agosto

Estou a começar a ficar com o cérebro baralhado.
Estamos a 15 dias das férias e prognósticos, nada.

Detesto férias em Agosto....
É tudo mais caro, bichas astronómicas em todo o lado, camones aos montes por aí deslizando a 25km/h nos seus carros topo de gama e com os lindos filhos aos gritos « Mama, vou à la piscine».

Há anos que não as faço e espero sinceramente que este ano, a surpresa seja tal, capaz de afastar este estigma da minha cabeça.
(lá está o meu lado optimista a querer sobrepôr.Acorda!)

Porque tão cedo não me vou livrar dos 10 dias úteis em Agosto!!!

Já é a 2ª época de férias, mas mesmo assim, encho-me de expectativas.
E, apesar de inicialmente ter dito que a 1ª é que era a verdadeira e que, como Agosto seria impossível, até poderíamos ficar por casa e sair de quando em vez para uns passeios, agora arrependo-me!

Devia estar louca nesse dia!

Férias só são férias quando há azáfama das malas, dos bilhetes e das marcações.
Não consigo imaginar férias de outra forma.

Depois olho para as promoções das agências de viagens e imagino-me em alguns sítios.
Mas após a imaginação, chega a realidade:
«Hello! Estás em Agosto querida, queres fazer parte das estatísticas da sardinha enlatada?»

Eh pá, que grande seca!
Aceitam-se sugestões....

28 de julho de 2008

Acabaram com a «caixa»

À conversa com uma amiga, mãe de uma filha de 5 anos a caminho da 1ª classe, dei-me conta de que acabaram com a «caixa»!

Mas o que é então a «caixa»?
Passo a explicar (lembrar-se-ão, de certeza):
Quando andava na escola primária, no início do ano, os nossos pais entregavam uma verba simbólica na escola, para pagamento da referida «caixa».
Caneta, caderno, borracha e lápis, eram fornecidos pela própria escola, a todos os meninos.
E era este o material que podíamos usar.

Não havia o estojo, caneta, régua, borracha, elásticos, marcadores de caderno, etc, etc, da Kitty.
Haver, havia, mas não levávamos para a escola, não era permitido.

Uma questão de não evidenciar diferenças?
Uma questão de equiparar todos ao mesmo nível?

Ou porque alguns pais naquele tempo nem dinheiro para essas coisas tinham e a própria escola assegurava o fornecimento, a tempo e horas necessários?

Disse-me essa mesma amiga que «acha» que continua a existir, para aqueles que necessitam.
Sinceramente, não fui averiguar se isso se passa ou não, mas uma coisa é certa, os propósitos que enumerei acima foram «cano abaixo».

Posso parecer saudosista e mesmo até retrógada, mas que gostava de avisar a professora quando algum material acabava, gostava.

E era menos uma preocupação para os meus pais....

Já consigo imaginar...
«Oh mãe, a Rita tem um estojo do Noddy, com canetas, lapiseira e calculadora na régua.
Também quero...»

25 de julho de 2008

Acabei com os aifives!

Já andava há algum tempo para o fazer.

Sinceramente acho que nem damos conta, mas de que serve ter as nossas fotos e meia dúzia de interesses relatados num sítio de livre acesso a todos?
Encontrar velhos amigos, talvez esse o mote que me fez aderir.
Mas de que serve encontrar velhos amigos para os tornar amigos do hi5?
Interesse tinha se nos encontrassemos.
Agora ser tua amiga só no hi5 e continuar a não poder olhar para ti e conversar....

Mas o que me fez mesmo desistir foram os pedidos de amizade de pessoas que sinceramente, pela cara porque não vemos mais nada, têm ar de maníacos, violadores, estripadores!

E dei por mim a pensar: «e se este gajo passa por mim na rua, me reconhece e se sente no direito de me abordar?»
Não, não quero, não preciso de sentir nada disso!

A minha rica filha

Está a ficar uma menina.

Ainda nem dei conta, parece que foi hoje de manhã a primeira vez que fiquei aflita porque ela chorava e eu não sabia o porquê.
E depois disso ela já cresceu tanto, já percebe tudo, o que queremos e o que não queremos....
E ontem distraída à mesa a conversar com o pai, quando ouço:
«crédito pessoal»
Hã?!
Olhamos um para o outro com ar de indignados e risonhos ao mesmo tempo.

E não é que ela estava a ouvir a nossa conversa e repetiu o que eu tinha acabado de dizer?
E como achamos piada, a partir daí passou a repetir tudo o que eu dizia....sabem aquelas brincadeiras estúpidas mas que têm imensa piada para quem as faz e irritam quem está a ser imitado, que adorávamos fazer quando eramos putos? (as vezes quando me dão ataques de criancice ainda as faço)

Estás a ficar tão crescida minha filha.

Até já ficas feliz por te oferecer uma escova para o cabelo e vais para a escola toda vaidosa a pentear-te!

Optimista, eu?

Ainda a propósito do post anterior, dou por mim a pensar variadíssimas vezes que sou uma pessoa optimista.
Mas como pode uma pessoa de ansiedade quase extrema ser optimista?
Confuso não é?
Para mim não, porque eu sou mesmo assim.

Sofro por antecipação...Ainda me lembro, nas épocas de exames na faculdade, quando nada passava pela minha garganta e quase tudo o que passava, não fosse eu distrair-me imediatamente com outra coisa, logo rumava « Rio Douro abaixo».
Depois, quando entrava na sala de exame, passava, mas até aí, não havia camisola que resistisse a tanta transpiração transbordada.

Quando o exame acabava: «Correu-me bem», era a frase de ordem do dia. (mesmo às vezes quando não corria e chumbava :-)).

Como neste exemplo prático, acho que sou assim em quase tudo na minha vida.
Sofro, sofro, sofro, mas acredito sempre num final feliz!

:-) :-)

O copo, está meio-cheio ou meio vazio?

Vi hoje, de fugida, o final de uma reportagem no telejornal, acerca de 2 rapazes que viajam de bicicleta pelo Mundo, com pouco dinheiro.´
Já não fui a tempo de perceber bem como o faziam, mas cheguei a tempo de ler algo que tinham escrito e que me ficou gravado, porque gosto de o «ouvir» e de pensar assim:
«... o copo está meio cheio e não meio vazio.
Devemos beber esse meio cheio felizes.
Porque meio copo cheio já é capaz de matar a sede a alguém»

23 de julho de 2008

Pões-me a cabeça em água mas enches-me o coração

Ontem a caminho de casa

-Mãe olha, um macaco!

-Oh filha, não é um macaco, é o homem aranha (outdoor publicitário de uma marca de detergente)

-Eu gosto do homem aranha!

-Gostas?

-Não, não gosto. É feio
(com aquela careta linda que fazes quando franzes a testa e piscas os olhos)
-Não gosto de homens feios, só dos bonitos!

E tem esta pirralha 2 anos e meio!!

O meu estado de espírito

Ando nervosa, inquieta, não consigo concentrar-me em nada que faça.

E não consigo «dar a volta» e pôr-me diferente.
Tento, mas não consigo.

Têm sido tantas mudanças e ao mesmo tempo mudanças nenhumas!

Já nem sei o que quero mudar nem para que mudar quero ir.
Ai, que sinto-me tão confusa.

Que crise é esta?
Quantas mais virão?

Ai quem me dera ser criança novamente e não saber o que sei hoje.

Ainda a propósito de fazer as contas

Quantas vezes já cantei a música do Noddy e do Ruca?
Já não consigo fazer as contas....mas mais de 1000 foram de certeza.

E quantas vezes já disse:
- Pára de fazer asneiras T!
Também já não sei....

Já agora:
-És o meu tesouro e o sol que ilumina os meus dias.
Também já não sei quantas vezes to disse.

Amo-te tanto minha piquiaio que todas as asneiras que faças nunca conseguirão encobrir este sentimento.

18 de julho de 2008

Acho que ainda dá para fazer as contas

Tenho uma filha linda a completar 2 anos e meio.
Toda a santa noite quer que lhe conte a mesma história.
Já tentei mudar, já tentei pegar num livro, já tentei até inventar outra, mas nada.
Ela quer sempre a mesma...
E hoje pensava, que se fizesse as contas, conseguiria saber quantas vezes já contei a mesma história :-)
Pois então......
Já lha contei pelo menos umas 180 vezes!!!!!
Isto a fazer as contas a uma por dia, porque se for contabilizar todas as outras vezes, durante a noite quando está doente e algumas sestas, ultrapassaria concerteza as 200.
E ela só tem 2 anos e meio!!

16 de julho de 2008

Para ti

Hoje é um dia especial.
Mas, eu não me sinto nada especial.

Foi há 17 anos. Eu, na minha inocência de menina, experimentava a sensação de ter um namorado por umas 2 semanas, até que o tal voltasse de férias.
E tu, talvez porque me achavas gira, porque tinha dado uns beijitos a um amigo teu e não podias ficar atrás, agarraste-me quando já ia para casa, às 22.45, e deste-me um beijo, tão esquisito que, se fechar os olhos, ainda hoje consigo sentir a mesma sensação.

Hoje não me darás o tal beijo.
Hoje a «ausência» tomará conta de nós.

15 de julho de 2008

Mudam-se os tempos

Hoje combinei almoçar com 2 amigas, em que uma delas já não a via há certamente 3 anos. Na realidade almoçamos 4 pois uma apareceu de surpresa. Mas isto para dizer que combinamos à uma da tarde e eu, à hora marcada lá estava. Sozinha....!!!
Nã, não almocei sozinha, mas contrariamente ao costume, fui a primeira a chegar.
E que bem me fizeram aqueles 10 minutinhos de espera.
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Foi tão bom rever estas amigas, pôr alguma conversa em dia, falar dos filhos, claro (e eu como mão galinha que sou, fui acompanhada de máquina fotográfica), relembrar episódios antigos, fazer as contas aos anos que já nos conhecemos (aqui senti-me velhota :-) ).
Foi bom, muito bom e principalmente porque já ficou marcado outro almoço para a próxima semana....
E outros virão, concerteza.
Poderia tê-lo feito quando nasceste para aqui enumerar e partilhar todas as alegrias que nos tens dado.
Poderia tê-lo feito quando engravidei...
Poderia tê-lo feito quando iniciamos a nossa vida a dois...
Poderia tê-lo feito quando começou a «moda» dos blogues...
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Só agora senti essa necessidade....

E não é que perdi o medo e deixei de lado a preguiça?

Ando para me aventurar nestas «vidas» já há algum tempo. Mas, por preguiça, medo de não saber fazer e comodismo, nunca o tinha feito.
Espero que com o blog, consiga partilhar algo, por vezes desabafar e mostrar-vos algumas das «minhascoisas».
Para já vou manter isto o mais secreto possível, a ver como corre.