26 de setembro de 2008

Reviravolta tardia?

É que agora dá-lhe para dizer todos os dias que não quer ir à escola!
Inicialmente pensei que fosse «depressão pós-férias» e não liguei muito. Contávamos os dias até ao fim de semana e chamávamos-lhe férias.
Mas esta semana está a ultrapassar o bom senso e, mal acorda a primeira coisa que pergunta é «hoje não vamos para a escola?»
Fomos andando e hoje prega-me a partida de encher os olhos de lágrimas à chegada e não querer entrar!
É que nunca fez isto. Claro que quando entrou com 8 meses o fazia muitas vezes mas desde que saiu dos bébés sempre adorou ir para a escola.
Sei que tem meninos novos na sala e que choram muito...mas será essa uma razão válida para não querer ir?
Ai...coração de mãe sofre!

O que melhor me sabe à sexta-feira....

É olhar para o despertador, apertar-lhe os botões e pensar «amanhã não tocas»

19 de setembro de 2008

Momento da verdade!!!!

Há pessoas que têm o dom de me conseguir enervar. Uma delas é a excitadinha e prepotente Rita Ferro Rodrigues.
Pois anteontem apresentava um especial sobre o novo programa da sua estação de eleição...o Momento da Verdade!
Não vi o programa mas no especial deu para perceber a essência da coisa.
E não é que ela ataca os participantes, dá opinião, reprova as atitudes, fala da família como se os conhecesse de «gingeira», pisca os olhos como tique de «eu é que sou boa e dona da verdade», olha-os com ar de reprovação!
Será que a rapariguinha não tem espelhos ou não faz auto-análise do próprio trabalho?
Quem se julga a menina que é, para julgar tão fria e rapidamente a vida dos outros e aquilo que eles dizem?
Sim, aquilo que dizem, que pode ser verdade ou não, pelo que me apercebi.
E depois entram os amigos e todos têm opinião válida e falam e tiram ilações e fazem comparações com a tipica família portuguesa...valha-nos a paciência!
E eles, são exemplo para alguém?
Pois enquanto derem lixo para consumo, não esperem que as pessoas queiram consumir cultura.

16 de setembro de 2008

Liguem as colunas


Tenho uma ideia há alguns anos, que até já partilhei com alguns, que julgaram talvez que eu sou um bocadinho tolinha, ou então que a desvalorizaram.
Mas eu insisto nela, pois, na minha opinião, a solução para muitos estados depressivos, e não só!
A música que ouvimos á capaz de alterar o nosso estado de espírito, disso acho que ninguém tem dúvidas.
Quem já não esteve triste e mal humorado e conseguiu de repente esboçar um sorriso e mesmo cantarolar alguma música?
Ou então feliz, e entristecer de repente, quando houve alguma música mais melancólica ou que lhe faz lembrar alguma situação mais desagradável?

Vamos falar de alegrias....
Já imaginaram passear nas ruas ao som do Bobby Mcferrin, do Bob Marley, Manu Chao ou mesmo do nosso querido Emanuel?
Era ver a «galera» toda a abanar a carola e a dar pulinhos e abraços uns aos outros.
Aqueles mal encarados, de mal com a vida, concerteza seriam levados pela multidão e transformar-se-iam em alegres transeuntes.
Os velhinhos abanariam as suas bengalas e por momentos esqueceriam as limitações do corpo. Crianças, novos, velhos, todos a cantarolar e em perfeita sintonia.
O passar por alguém e comentar «não gosto nada desta» ou «esta é mesmo boa», ajudariam à comunicação entre pessoas que passam umas pelas outras e nem se vêm.
Porque agora andam todos de ipod nos ouvidos, mas digam lá se não era muito melhor as colunas a tocar para todos.
E a minha ideia é, colocar colunas pela cidade, pelo país, pelo Mundo, capazes de abafar ruídos e dar música aos ouvidinhos.
Pode ser feito de várias formas, inclusivé, para a motivação de todos, teríamos dj's diários ou mesmo horários, e para tal bastava uma inscrição. Nada de falatórios nem apresentações, só música, ao gosto de cada um.
E concerteza, as propostas musicais não iriam agradar a todos mas pelo menos havia variedade, e o mais importante, música no ar.
Acho realmente uma boa ideia e para a qual não deveriam faltar patrocinadores, só era preciso eu ser alguém mais influente para a pôr em prática.
Ou conhecer alguém influente...será que andas por aí?
Caso leias esta minha ideia, podes copiá-la á vontade, não quero direitos de autor, só gostava muito de a «ver e ouvir» em prática.
E consigo imaginar tantos cenários possíveis com boa disposição no ar....

10 de setembro de 2008

E ainda a propósito dos comportamentos

Olho para os pés dela e reparo que as unhas estão cortadas.
Já não lhas cortava concerteza há mais de um mês e estavam já com mau aspecto.
Sempre que tento é um berreiro danado, nem chantagem , nem ameaça, nem promessa, nada funciona!
Nem a dormir consigo porque a malandra sente e foge com os pés.
- Quem te cortou as unhas?
- Foi a C.
- E tu deixaste, não choraste?
- Não!
- Então não deixas a mãe cortar as unhas e deixas a C. porquê?
- Porque sim!
- Mas porque sim não é resposta filha.

E com a maior das latas muda de conversa.
Ainda insisti mas ela já não respondeu mais e desandou.

E hoje diz-me a C. «oh mãe cortei e ela nem resmungou nada, ficou quietinha e deixou cortar»

Quem os vai entender?

Conversas de mães

Ontem na conversa com uma vizinha, mãe da amiguinha M.:
- A sua filha porta-se muito bem, muito sossegada, não faz birras e esteve imenso tempo a conversar comigo - diz ela
- Sério, não me acredito. A sua também é um amor, em minha casa está sempre bem disposta, não exige nada....enquanto que a minha chora por isto ou por aquilo - digo eu.
-O quê? Porta-se bem? Pois comigo, desde que cheguei a casa (meia hora mais ou menos)já chorou e esperneou pelo menos umas 3 vezes!

Quem as vai perceber?
Como é que em casa são umas pestes e em casa dos outros uns anjos?
Por mais que saiba que é sempre assim, não entendo o porquê!
Alguém tem uma explicação científica para isto?

Está a ficar melhor

Parece que uns castigosinhos de vez em quando sempre surtem efeito.
Anda muito melhor, mais bem disposta e muito engraçada.
Andamos maravilhados com a mulhersinha pequena que temos em casa.
Ups, não se deve gabar....isola, isola!

5 de setembro de 2008

As birras

Ontem senti-me a pior pessoa do Mundo, mas talvez como Mãe não tenha estado nada mal.
Fui coerente com a ameaça e levei as coisas até ao fim.
E o que me custou e como fiquei depois?
Realmente difícil difícil é educar e contrariar.
Berrava ela no quarto e chorava eu a compasso na sala.

Esta semana voltamos às rotinas, nós ao trabalho e ela à escola.
E com isto, não sei se derivado ao cansaço se à alteração de hábitos e à separação, as birras têm sido constantes e de nos pôr os cabelos em pé!
E qual psicologia infantil, qual dedicar o meu tempo exclusivamente a ela aquando do regresso a casa, nada tem funcionado.
Sei que nesta idade eles são terríveis, sei que tentam tomar-nos o pulso e sei também que tudo isto faz parte do desenvolvimento, mas se os deixamos seguir este caminho, qualquer dia ela lembra-se e começa a bater-nos e a exigir cada vez mais.
E porque as ameaças têm sido diárias e porque raramente temos pulso para as levar adiante, ontem disse para mim mesma «chega de ameaças, ela tem que perceber que as ameaças se podem tornar verdade», e foi isso mesmo que fiz.
E o principal para ela, julgo eu, nem foi o castigo, mas sim a percepção desta realidade.
Berrou, berrou, mas lá acabou por adormecer e hoje já nem se lembrava de nada. Pelo menos, nem tocou no assunto.
E chego rapidamente à conclusão de que na realidade custa-nos muito mais a nós do que a eles.
Eu pelo menos, não esqueci e acho que tão cedo não irei esquecer, o tanto que me custou ouvi-la chorar daquela forma e implorar que me fosse deitar com ela (como de costume).
Porque a minha vontade era deixar de a ouvir chorar e abraçá-la, dar-lhe muitos beijos, deixá-la pedir desculpa (palavra que já tem na ponta da língua) e dizer que não voltaria a repetir. Mas infelizmente, essa forma mais humana e aceitável não tem funcionado.
Ás vezes é preciso atingir o limite, por mais que nos custe e que pareça ser a decisão mais radical, para que também percebam as diferentes alternativas que têm e que a vida nem sempre se revela igual, dependendo do caminho que tomamos.

No fundo, acho que agi bem, mas a ver vamos se irá surtir algum efeito!

Parabéns aos Noivos


Meus queridos amigos,
Neste dia que, a partir de hoje, passa a ser o «oficial», deixo-vos aqui um grande beijo de parabéns.
Pelo casamento, por aquilo que são e pela forma como sabem tirar proveito da vida.
Um bem haja aos meus compadres e que sejam sempre muito muito felizes.

3 de setembro de 2008

Hipocrisia

A hipocrisia de alguns, por vezes até me causa arrepios!
Mas haverá necessidade de «lamber o cú» (desculpem a má-criação) pela frente e falar mal por trás?
Não será mais fácil ser-se coerente connosco mesmos e lamber quem gostamos e ignorar quem não gostamos tanto?

Eu tento ser assim, mas cada vez e infelizmente me vou dando conta que muito boa gente pensa exactamente ao contrário de mim.

Vou-me contentando com a célebre frase de que «quem diz mal de nós pelas costas respeita-nos a frente» e que se o fazem é por inveja!
Mas que me dá arrepios, dá!

A vida tal qual ela é!

Infelizmente senti há dias a perda de uma pessoa de quem gosto muito e que marcou a minha infância e forma de encarar o outro.
Fez-me pensar novamente na vontade que sinto, por vezes, de voltar a ser criança e não saber o que sei hoje.

Aprendi na escola primária que os seres vivos, nascem, crescem, reproduzem-se e morrem.
E é mesmo assim, exactamente assim (alguns não reproduzem, está bem!).

Encaro muito mal a morte, mas a natureza não perdoa e fez-me relembrar os ensinamentos da primária quando alegre repetia a frase e inocentemente não pensava no sentimento.

Acerca da criminalidade

Já pensei que talvez não fosse preciso escrever sobre isto, mas apetece-me.
Fala-se, e os vampiros demagogos aproveitam para explorar o assunto, que há aumento da criminalidade em Portugal.
Ultimamante e diariamente é ver os jornalistas sedentos a apresentar mais um caso, ou de homícidio ou assalto ou roubo; não estivessemos nós em Agosto e eles sem grandes notícias para dar, já estava eu trancada em casa com o alarme ligado e as janelas e ferrolhos fechados.
Não quero dizer com isto que o que noticiam é mentira, mas dá-me ideia que há aqui um aproveitamento de situação e uma vontade de justificar algo pela classe política.
Vem o presidente e diz: -Mais polícias!
Vem o Governo e põe lá os polícias; parecem cães em matilha, a revistar tudo e todos e a barrar ruas e auto estradas.

E eu pergunto:
- Acham que é com mais polícia que se acaba com a criminalidade?

E as políticas anti-sociais, não serão as principais causadoras do aumento da criminalidade?
Para mim são pelo menos uma das. Isto vai de mal a pior, e cada vez se incentiva mais o desleixo, o roubo, a mentira, como forma de extorquir a sociedade.
Rendimentos mínimos, subsídios de reintegração, subsídios de sei lá o quê mais para quem não quer fazer nada, são, na minha opinião, uma das principais causas do aumento da criminalidade.
Arranje-se emprego a esta gente, limpem-se as matas, alegrem-se os lares, limpem-se as ruas, tanta coisa para fazer, em vez de enfiar o boné e as Nike e andar por aí a empurrar um carrinho de bébé e a viver à custa dos subsídios.

Claro que isto é um exemplo e muito mais há a fazer, mas não é com mais polícia que lá chegamos, disso tenho eu a certeza!

Férias, ricas férias!


E é com muita pena minha que digo, «já acabaram»!
Afinal, nem senti muito o facto de terem sido gozadas em Agosto, só agora aquela nostalgia de «o ano passado por esta altura estava a dar um bom mergulho».

E como já aqui tinha referido, estas foram muito diferentes de todas as outras, em vários aspectos, mas um deles, o alojamento, foi deveras alternativo.
Passo a explicar, aventuramo-nos em campismo.
Foram 4 dias de vida ao ar livre, que a T adorou e nós também (apesar que ao 2º dia fomos a correr comprar uns colchões, e mesmo assim não nos livramos do corpo moído e dorido).
No sitio onde escolhemos acampar estava pouca gente. Por ser onde era, até estávamos mais ou menos a contar com isso mas nunca pensamos que pudesse estar tão calmo e tranquilo.
O tempo ajudou (apesar de noites e manhãzinhas «geladas»), a piscina convidava a uns belos mergulhos e todo o parque rodeado de grande arvoredo (não estivesse ele inserido num parque natural)proporcionaram-nos uns belos dias de descanso e convívio.
E por falar em convívio, não posso deixar de referir o «frisante» e o belo leitãosinho assado que nos fez adiar o passeio uma boa hora e meia para que estes pudessem dançar uma valsa sossegada dentro de nós.
E quem passasse aquela hora na porta do restaurante deve ter pensado em quem seriam aqueles tolinhos que rebolavam no chão e riam alto (aquele frisante fez-nos regressar uns anos atrás e proporcionar grandes risadas às crianças).
No dia seguinte, descobrimos o armazenista e compramos uma caixa! :-)
Descemos para Centro e continuamos mais uma semana de muito rio, piscina, sol e brincadeiras.
Ainda deu para experimentar 4 dias a 4, nós dois com duas filhas, uma de 2 anos e outra de 5: LOUCURA TOTAL!
(eu quero, eu também quero; é meu, não é nada, é meu; queremos gelados, queremos gelados; muitos gritos, mas também muitos amassos, muita amizade e direito a choro aquando do regresso e da separação!)).
Quando chegamos a casa, olhamos um para o outro e confidenciamos:
- Precisamos de férias! :-)

Soube a muito pouco.
Cada vez me convenço mais que férias, para serem sentidas como Férias têm que ter duração de pelo menos 3/4 semanas seguidas, senão fica o sabor de fim de semana prolongado.