9 de dezembro de 2008

HELP

Andará por aí alguém que saiba onde posso adquirir uma boa dose de «aterra e põe os pés no chão», capaz de evidenciar a verdade, mesmo verdade?

O Sol

Finalmente decidiu aparecer...
Mas se havia alguma esperança de que viesse aquecer a minha alma, ela logo se desvaneceu.

5 de dezembro de 2008

Não há quem aguente!

Toca a aproveitar que os papás recebem o subsídio de Natal, para cobrar já o mês de Agosto.
€ 651,00 só para mensalidades, € 40 para bilhetes da festa de Natal (é verdade, paga-se!) e agora ainda me pedem collants e camisola cinzenta para o «número» com educadora e amigos e ainda collants e camisola castanha para o «número» da música.
Sim, porque a criança vai actuar 2 vezes...
E escolhem logo as cores que não temos em stock.

Não sei porque te escondes ou se alguém te pôs de castigo.
Mesmo com nuvens, fazes-me tanta falta, meu querido SOL.
Volta, por favor!

4 de dezembro de 2008

Ainda a propósito do post anterior

Lembrei-me que havia na porta da minha escola primária, uma velhinha, muito velhinha que vendia um chupas e uns rebuçados feitos por ela.
Eram caramelo puro, outros vermelhos que certamente eram comprados, e ainda aqueles cobertos por hóstia fininha que empapava á medida que íamos chupando, até desaparecer e ficar só o caramelo.
Também vendia torrões, chicletes pirata e umas bolitas de açúcar coloridas que provavelmente trazia de Espanha.
Quando estava doente, vinha a irmã, que era mais velhinha ainda e tinha no lugar do nariz um algodão colado, que me fazia imensa impressão e a transfomava nos meus pensamentos numa bruxa de quem eu tinha algum medo - vá-se lá entender as crianças!
Moravam lá no bairro do lado da escola e faziam as guloseimas em casa.
A minha mãezinha quase nunca me deixava comer os ditos. Dizia ela que eram feitos com xixi de gato, que a casa das senhoras era muito porca e os chupas enrolados em cima do xixi dos gatos - vá-se lá entender as mães.
Ás vezes, lá escapava uma moedita e pimba, ia a correr comprar um. Os mais caros, os tais de cobertura de hóstia custavam 2$50 - as coisas de que ainda me lembro.
E nunca me fizeram mal.
Lembro-me tão bem das velhinhas, da sua banca e dos dois sítios onde paravam, ora na esquina da escola, ora em frente junto à paragem do autocarro.
E dos meninos a passar e elas a incentivar: - Não vai um chupa hoje?
E nós a salivar e a abanar com a cabeça que não.
Que saudades desses tempos...

São tão bons...

É que já vou no terceiro e não tenho mais, buááááááááá!
Aquele cola descola nos dentes, o ácido-doce do sumo, a lombinha onde encaixamos a língua, o chupar como se não houvesse amanhã e a pedir baixinho, dura, dura.
Achava que gostava mais dos vermelhos, mas afinal gosto de todos, até vejo estrelinhas se fechar os olhos....
Quando era míuda, só de vez em quando os comia, eram caros e não os havia em todo o lado.
Agora o avô descobriu-os e comprou para a neta. Mas ela não gosta, a mãe agradece. Nem provou, só olhou e disse que não gostava, mas também não vou insistir, como-os eu!
Quero outro rebuçado diamante...

2 de dezembro de 2008

Notícias para quem está longe! *

O cão queimou os tomatinhos!
Com mistura explosiva, detergente industrial e lixívia!
Já lá vão quase 15 dias de curativos e antibióticos, e as melhoras são poucas.
Acorda-me a meio da noite para o levar a fazer xixi e o enrolar na mantinha para aquecer!
Apesar de «enfunilado», come e brinca como sempre, o que me conforta e deixa mais sossegada.
Mas não está a ser fácil, tem sofrido muito!
Aceitam-se biscoitos, pernas de presunto e dentastix para o Natal, ele merece!

* ou perto

Quanto menos trabalho, melhor!

Exceptuando o 25 de Abril, todos os feriados já o são há muitos muitos anos.
Os santos podiam ser renovados ou a igreja decidir «condecorar» mais alguns, que a gente agradecia!
O governo também podia inventar alguma coisa, ou os bancos ou os jornalistas, sei lá!
Queremos feriados fresquinhos, mais, muitos!

24 de novembro de 2008

Telegrama Público

Estou bem. Estamos bem. Falta tempo.
Natal a chegar.
E eu a começar a stressar com prendas, convívios e solidariedades.

11 de novembro de 2008

Elogio, conformismo ou desilusão?!

(...)
- E eu? Eu não te mimo?
- Tu?...Tu, fazes-me lembrar eu quando era jovem e era um lutador. E abres-me os olhos, quando preciso!

10 de novembro de 2008

Rebuçados, chupas, gomas

A míuda é mesmo muito gulosa!
Já por outros motivos tenho aqui falado disso. Mas a coisa tomou tal proporção que mal vê um vizinho a chegar, vai lá toda lampeira e diz «quero ir para tua casa». Claro que mal põe um pé dentro da porta pergunta «tens rebuçados?».
Até já dou por mim a fugir dos vizinhos, pois com alguns não tenho confiança quase nenhuma e ela tem uma lata que tanto insiste que acaba por ir mesmo!

Ontem enquanto brincávamos e porque anda com a mania que o Pai Natal vai chegar e trazer muitos presentes (também não sei quem lhe meteu esta na cabeça, talvez na escola, pois nem eu nem o pai lhe tínhamos falado ainda no Pai Natal), digo-lhe eu «então o que queres que o Pai Natal te traga?». Resposta imediata »chupas, rebuçados, gomas, muitas», com um sorriso nos olhos que só visto. E eu tento acrescentar «Oh filha, não queres que o Pai Natal te traga legos maiores e bonitos?» (era ao que estávamos a brincar e os dela são daqueles muito fáceis de fazer)...«pode ser» e encolhe os ombros com indiferença.

Ás vezes até chego a pensar que é castigo. Foi coisa que sempre me meteu alguma confusão, ver os putos a «enfrascarem-se» de guloseimas, e sai-me uma filha pior que todos os que já tinha visto, até hoje!

(hoje pela manhã, já queria ir a comer um rebuçado para a escola!!! Não deixei porque já sei, se algum dia abro uma excepção a luta vai ser diária)

As vergonhas que passo!

Ontem depois do jantar fomos passear, as duas mais o cão.
Passa por nós um homem com os seus 40 anos e diz ela:
- Olha mãe aquele homem tem pilinha...e dá pus!
Eu a rir-me baixinho e ao mesmo tempo a fazer figas para que ele não desse resposta!
(o aspecto dele não era dos melhores e aqui na minha zona nunca se sabe!)

5 de novembro de 2008

EUA


Ganhou o Obama e eu estou feliz...
Não que me afecte directamente, mas o seu discurso de esperança e confiança convenceu-me de que algo pode ser diferente e melhor com este homem.
Quero acreditar que vai lutar para acabar com as guerras...
Quero acreditar que vai ajudar as minorias...
Quero acreditar que vai ajudar a minorar a fome no Mundo...
Quero acreditar que ele é um Homem bom e que o vai provar.
Espero que tenha tempo para tal e que não apareça nenhum marado fundamentalista e racista com vontade de «lhe tirar a tosse».
Acredito no teu «yes, we can»...por favor não me desiludas!

3 de novembro de 2008

Noite das bruxas ou o cravanço da criançada

«Primeiro estranha-se, depois entranha-se», já dizia o Fernando Pessoa a propósito da coca-cola e normalmente é assim com quase tudo que importamos da terra do tio Sam.
Quem já me conhece sabe que sou uma «nariz de cão» quando me desafiam para algo deste género e que normalmente recuso, mas como agora tenho uma piquena para acompanhar, lá fui e ainda me ri um bom bocado.
A criançada lá do prédio, que são mais que muitos, juntou-se na sexta feira à noite para «cravar», a bem dizer, guloseimas à vizinhança.
Desafiaram-me, ainda gaguejei um pouco mas lá fui mais a piquiaia.
E era ver a expressão da cara dela muito admirada «então estes passam a vida a dizer para não comer rebuçados que faz mal à barriga, que faz mal aos dentes e agora empanturram-me deles?»
Imagino a confusão que se deve ter gerado naquela cabecinha, mas ela aproveitou.
Sem exagero mas também sem números muito certos porque lhes perdi a conta, deve ter comido 10 gomas, 2/3 chupas, 15 rebuçados e duas mãos cheias de pintarolas.
Não a proibi de comer nada porque se fosse para tal nem teríamos ido.
E eu só dizia «com tantos, concerteza vai apanhar tamanha enjoadela que nunca mais come nada disto».
E na manhã seguinte mal acordou, «oh mãe, onde está o meu saco das bruxas?»
Esperança do dia anterior, desvaneceu-se logo pela manhã!

Explicação


Estou em falta convosco, escassos mas bons leitores!
Andaram por cá umas gastroentrites e fui adiando a escrita.
Quando regressei à vida activa de trabalhadora por conta de outrém tinha um acumulado que não me deu tréguas para sequer dar uma espreitadela naqueles cantinhos que tanto gosto de «espionar» :-).
As noites claro está, serviram para olhar para tudo menos para computadores (em tom de confidência vos digo que se me sento no sofá depois de jantar, bastam 2 minutos para tombar em cima de uma almofada ou enroscadinha no pai lá de casa).
E uma menina muito muito mimada, a exigir atenção a toda a hora, muito colo (que até me passo, uma «quase já matulona» de 3 anos que implora o colinho como se de um bébé se tratasse)e muitas birras.
Pois, porque esteve quase uma semana com as mordomias todas e a mamã para lhas proporcionar, que quando voltou á escola e melhor dizendo dela voltava, tinha o dom de nos pôr os cabelos em pé e com vontade de a esganar.
Passei o fim de semana de molho, está por cá um frio de fazer gelar um ferro em brasa e a minha garganta tem-se ressentido.
Deu para estar com os amigos, preguiçar na cama pela manhã como tanto gostamos de fazer e beber muita «sabada».
Falta muito para as férias de Verão?

17 de outubro de 2008

Nuvem escura

Não sei se será do aproximar do Inverno mas sinto uma nuvem escura bem por cima da minha cabeça.
Ando cansada, triste com o Mundo, ou melhor, com meio Mundo e revoltada com muita coisa.
Não é fácil...
Para piorar, a piquiaia desde que acorda até à porta da escola sempre a bombardear com a frase «não quero ir prá escola» e hoje torna a ficar a um cantinho de beiço traçado, com os olhos cheios de lágrimas como que a implorar «não me deixes aqui».
E como não ando bem, também não consigo reagir bem a este pequenos contratempos e fico com a garganta apertadinha, apertadinha!

16 de outubro de 2008


A vida nem sempre é aquilo que idealizámos.
Eu, não sou de idealizar muito, mas quando as coisas não acontecem de forma que eu goste, sou a primeira a dizer «mas não era nada disto que eu queria». Se repararem no tempo verbal, está escrito queria e no entanto eu não tinha idealizado nada.
Melhor, pensei que não tinha idealizado, porque afinal e apesar de não ter idealizado o que queria que acontecesse, pelo menos sei que não queria que as coisas acontecessem desta forma.
Por mais que não façamos grandes projectos, no fundo, bem lá no fundo, sabemos o que queremos para nós. E para isso, muitas vezes, é preciso aparecer uma contrariedade, algo que nos faça mudar o rumo, para encontarmos a nossa verdadeira vontade.
Não nos damos conta que diariamente com as nossas acções e também omissões contribuimos para o que não queremos e muitas das vezes quando damos conta disso, já é tarde demais.
Ou melhor, tarde demais nunca é.
Mas há quem não tenha sequer este tipo de pensamentos, se resguarde no seu egoísmo e nem se dê conta de que é contribuinte na acção.
E assim, nunca irá conseguir alterar nada porque acha que os outros é que deviam, os outros é que fizeram e por aí adiante.
Sou orgulhosa mas sei dar o braço a torcer, sei pedir desculpa e fazer as pazes rapidamente, quando tenho espaço para isso.
Sou daquelas que até pode ter razão mas vai lá e levanta a bandeira branca. (se calhar depois mando a «espetadela», mas vou)
E fico triste por ver pessoas que eu sei que não queriam nada daquilo para elas, refugiarem-se na solidão das palavras, não correrem atrás nem valorizarem aquilo que querem e continuarem infelizes.
E pior, acabam por arrastar os outros consigo. E toda uma panóplia de situações que se originam porque simplesmente não houve espaço nem vontade para diálogo.
Quando por vezes bastava um abraço, um sorriso nos olhos e um chega-te para cá!

14 de outubro de 2008

Sensations

Há pouco, quando deixei a míuda na escola, tive a nítida sensação de que nem de lá tinha saído.
Estranho, entrar, olhar para a auxiliar e para as educadoras, percorrer a entrada, o sorriso delas era o mesmo, as mesmas posições, as mesmas palavras do final da tarde de ontem. Sei lá se eram as mesmas palavras de ontem, mas a mim soou-me igualsinho.
Tipo dejá-vu, mas eu afinal já fui a casa ou ainda estou no dia de ontem?
Sensação mesmo estranha...
E depois no escritório, o arrastar-me até à minha secretária, o aperto de mão matinal, as pessoas nos mesmos sítios.
Acho que hoje vai ser um daqueles dias em que não deveria sequer ter acordado!

13 de outubro de 2008

Mas que raio!


É que ando á procura de 4 cadeiras para a mesa de jantar desde que nos mudamos e não gosto de nenhuma que vejo.
É que acabo de ver as 350 cadeiras disponíveis no Ikea e nem assim.
É que há uma ou outra que até são girinhas mas os pés são de aço!
É que há outra que até gosto mas é de montar e desmontar, e para isso já temos, ou melhor tivemos porque se partiram!
É que as de plástico partem-se num instante...e sim, eu sei que estas normalmente se usam nas varandas ou nos jardins!
É que as que até gostei mais custavam € 250,00 cada uma!
É que as de madeira que até podiam servir, ao sentar chiavam!
É que, é que...e já lá vão quase 4 anos e nós não temos cadeiras à volta da mesa!

Será que temos gostos muitos refinados ou bolsos pouco recheados?
Eu já nem sei, mas também vou continuar a deixar andar, improvisa-se, trazem-se as da varanda, arranjam-se uns bancos.
Porque até já sinto os olhos trocados de olhar para tanta cadeira. E não gosto de nenhuma!

10 de outubro de 2008

Hoje fiquei assim...

Porquê que «os outros» conseguem alterar o meu estado de espírito?
Hoje estou fula, enervada, irritada. E tudo por causa «dos outros».
Como já dizia o J.P.Sartre, «o inferno são os outros».
Raios partam «os outros»!

Como eu gostava de ser mais egoísta...mas hei-de lá chegar!

8 de outubro de 2008

E agora o Mundial!

Já estou a jogar um pouco por antecipação pois ainda nada está definido.
Mas conhecendo bem a malta portuga como conheço já consigo adivinhar o desfecho.
Porque é muito à frente andar a par dos espanhóis....mas só quando interessa!

E aquelas mudanças necessárias e «muito à frente» mesmo, como a liberdade de casamento entre homosexuais, só para dar um exemplo, essas, já não interessam tanto.

Gastar milhões e depois no fim dizer de sorriso aberto «ai que somos tão hospitaleiros e sabemos receber tão bem», esse é o verdadeiro espírito Tuga!

No creo!

Sabiam que é possível alugar padres na Internet?
Que falam português....
E que existe uma God's yellow Pages?! (páginas amarelas de Deus??!!)

Só mesmo os americanos para inventar uma destas!
www.rentapriest.com

7 de outubro de 2008

A cigarra e a formiga

Basta uma noite de chuva para que de manhã tudo esteja inundado, se toquem as sirenes dos bombeiros e se veja o caos instalado.
Ruas alagadas, cruzamentos cortados...tudo a que já estamos bem habituados!
Pois gostam tanto de contar a história da cigarra e da formiga mas nunca se lembram de a aplicar:
- Porque não limpam os boeiros de Verão para que estas coisas não aconteçam no Inverno?

Nunca vi igual

Eu sei que é minha filha, que a baba escorre quando falo dela e dos seus desenvolvimentos e que por isso sou suspeita quando escrevo o título acima.
Mas a verdade é que nunca vi criança de 2 anos tão aventureira e sem medo da água.
Pois ela dá saltos de chapa, mergulha a ver quanto tempo aguenta debaixo de água, diverte-se a passar por baixo dos separadores de pistas da piscina, de um lado para o outro, não engole água nem lhe entra pelo nariz!

Acredito que hajam muitos assim, mas eu, nunca vi.
Ou melhor, nunca tinha visto!

As «vergonhas» que se me avizinham!

- Oh mãe, olha uma bruxa!
- Onde? ( e eu a pensar que era um desenho ou um boneco)
- Ali!

De dedo espetado para a mãe de um amiguinho da escola! (que por sinal tem cabelo preto e é feiosinha!)

26 de setembro de 2008

Reviravolta tardia?

É que agora dá-lhe para dizer todos os dias que não quer ir à escola!
Inicialmente pensei que fosse «depressão pós-férias» e não liguei muito. Contávamos os dias até ao fim de semana e chamávamos-lhe férias.
Mas esta semana está a ultrapassar o bom senso e, mal acorda a primeira coisa que pergunta é «hoje não vamos para a escola?»
Fomos andando e hoje prega-me a partida de encher os olhos de lágrimas à chegada e não querer entrar!
É que nunca fez isto. Claro que quando entrou com 8 meses o fazia muitas vezes mas desde que saiu dos bébés sempre adorou ir para a escola.
Sei que tem meninos novos na sala e que choram muito...mas será essa uma razão válida para não querer ir?
Ai...coração de mãe sofre!

O que melhor me sabe à sexta-feira....

É olhar para o despertador, apertar-lhe os botões e pensar «amanhã não tocas»

19 de setembro de 2008

Momento da verdade!!!!

Há pessoas que têm o dom de me conseguir enervar. Uma delas é a excitadinha e prepotente Rita Ferro Rodrigues.
Pois anteontem apresentava um especial sobre o novo programa da sua estação de eleição...o Momento da Verdade!
Não vi o programa mas no especial deu para perceber a essência da coisa.
E não é que ela ataca os participantes, dá opinião, reprova as atitudes, fala da família como se os conhecesse de «gingeira», pisca os olhos como tique de «eu é que sou boa e dona da verdade», olha-os com ar de reprovação!
Será que a rapariguinha não tem espelhos ou não faz auto-análise do próprio trabalho?
Quem se julga a menina que é, para julgar tão fria e rapidamente a vida dos outros e aquilo que eles dizem?
Sim, aquilo que dizem, que pode ser verdade ou não, pelo que me apercebi.
E depois entram os amigos e todos têm opinião válida e falam e tiram ilações e fazem comparações com a tipica família portuguesa...valha-nos a paciência!
E eles, são exemplo para alguém?
Pois enquanto derem lixo para consumo, não esperem que as pessoas queiram consumir cultura.

16 de setembro de 2008

Liguem as colunas


Tenho uma ideia há alguns anos, que até já partilhei com alguns, que julgaram talvez que eu sou um bocadinho tolinha, ou então que a desvalorizaram.
Mas eu insisto nela, pois, na minha opinião, a solução para muitos estados depressivos, e não só!
A música que ouvimos á capaz de alterar o nosso estado de espírito, disso acho que ninguém tem dúvidas.
Quem já não esteve triste e mal humorado e conseguiu de repente esboçar um sorriso e mesmo cantarolar alguma música?
Ou então feliz, e entristecer de repente, quando houve alguma música mais melancólica ou que lhe faz lembrar alguma situação mais desagradável?

Vamos falar de alegrias....
Já imaginaram passear nas ruas ao som do Bobby Mcferrin, do Bob Marley, Manu Chao ou mesmo do nosso querido Emanuel?
Era ver a «galera» toda a abanar a carola e a dar pulinhos e abraços uns aos outros.
Aqueles mal encarados, de mal com a vida, concerteza seriam levados pela multidão e transformar-se-iam em alegres transeuntes.
Os velhinhos abanariam as suas bengalas e por momentos esqueceriam as limitações do corpo. Crianças, novos, velhos, todos a cantarolar e em perfeita sintonia.
O passar por alguém e comentar «não gosto nada desta» ou «esta é mesmo boa», ajudariam à comunicação entre pessoas que passam umas pelas outras e nem se vêm.
Porque agora andam todos de ipod nos ouvidos, mas digam lá se não era muito melhor as colunas a tocar para todos.
E a minha ideia é, colocar colunas pela cidade, pelo país, pelo Mundo, capazes de abafar ruídos e dar música aos ouvidinhos.
Pode ser feito de várias formas, inclusivé, para a motivação de todos, teríamos dj's diários ou mesmo horários, e para tal bastava uma inscrição. Nada de falatórios nem apresentações, só música, ao gosto de cada um.
E concerteza, as propostas musicais não iriam agradar a todos mas pelo menos havia variedade, e o mais importante, música no ar.
Acho realmente uma boa ideia e para a qual não deveriam faltar patrocinadores, só era preciso eu ser alguém mais influente para a pôr em prática.
Ou conhecer alguém influente...será que andas por aí?
Caso leias esta minha ideia, podes copiá-la á vontade, não quero direitos de autor, só gostava muito de a «ver e ouvir» em prática.
E consigo imaginar tantos cenários possíveis com boa disposição no ar....

10 de setembro de 2008

E ainda a propósito dos comportamentos

Olho para os pés dela e reparo que as unhas estão cortadas.
Já não lhas cortava concerteza há mais de um mês e estavam já com mau aspecto.
Sempre que tento é um berreiro danado, nem chantagem , nem ameaça, nem promessa, nada funciona!
Nem a dormir consigo porque a malandra sente e foge com os pés.
- Quem te cortou as unhas?
- Foi a C.
- E tu deixaste, não choraste?
- Não!
- Então não deixas a mãe cortar as unhas e deixas a C. porquê?
- Porque sim!
- Mas porque sim não é resposta filha.

E com a maior das latas muda de conversa.
Ainda insisti mas ela já não respondeu mais e desandou.

E hoje diz-me a C. «oh mãe cortei e ela nem resmungou nada, ficou quietinha e deixou cortar»

Quem os vai entender?

Conversas de mães

Ontem na conversa com uma vizinha, mãe da amiguinha M.:
- A sua filha porta-se muito bem, muito sossegada, não faz birras e esteve imenso tempo a conversar comigo - diz ela
- Sério, não me acredito. A sua também é um amor, em minha casa está sempre bem disposta, não exige nada....enquanto que a minha chora por isto ou por aquilo - digo eu.
-O quê? Porta-se bem? Pois comigo, desde que cheguei a casa (meia hora mais ou menos)já chorou e esperneou pelo menos umas 3 vezes!

Quem as vai perceber?
Como é que em casa são umas pestes e em casa dos outros uns anjos?
Por mais que saiba que é sempre assim, não entendo o porquê!
Alguém tem uma explicação científica para isto?

Está a ficar melhor

Parece que uns castigosinhos de vez em quando sempre surtem efeito.
Anda muito melhor, mais bem disposta e muito engraçada.
Andamos maravilhados com a mulhersinha pequena que temos em casa.
Ups, não se deve gabar....isola, isola!

5 de setembro de 2008

As birras

Ontem senti-me a pior pessoa do Mundo, mas talvez como Mãe não tenha estado nada mal.
Fui coerente com a ameaça e levei as coisas até ao fim.
E o que me custou e como fiquei depois?
Realmente difícil difícil é educar e contrariar.
Berrava ela no quarto e chorava eu a compasso na sala.

Esta semana voltamos às rotinas, nós ao trabalho e ela à escola.
E com isto, não sei se derivado ao cansaço se à alteração de hábitos e à separação, as birras têm sido constantes e de nos pôr os cabelos em pé!
E qual psicologia infantil, qual dedicar o meu tempo exclusivamente a ela aquando do regresso a casa, nada tem funcionado.
Sei que nesta idade eles são terríveis, sei que tentam tomar-nos o pulso e sei também que tudo isto faz parte do desenvolvimento, mas se os deixamos seguir este caminho, qualquer dia ela lembra-se e começa a bater-nos e a exigir cada vez mais.
E porque as ameaças têm sido diárias e porque raramente temos pulso para as levar adiante, ontem disse para mim mesma «chega de ameaças, ela tem que perceber que as ameaças se podem tornar verdade», e foi isso mesmo que fiz.
E o principal para ela, julgo eu, nem foi o castigo, mas sim a percepção desta realidade.
Berrou, berrou, mas lá acabou por adormecer e hoje já nem se lembrava de nada. Pelo menos, nem tocou no assunto.
E chego rapidamente à conclusão de que na realidade custa-nos muito mais a nós do que a eles.
Eu pelo menos, não esqueci e acho que tão cedo não irei esquecer, o tanto que me custou ouvi-la chorar daquela forma e implorar que me fosse deitar com ela (como de costume).
Porque a minha vontade era deixar de a ouvir chorar e abraçá-la, dar-lhe muitos beijos, deixá-la pedir desculpa (palavra que já tem na ponta da língua) e dizer que não voltaria a repetir. Mas infelizmente, essa forma mais humana e aceitável não tem funcionado.
Ás vezes é preciso atingir o limite, por mais que nos custe e que pareça ser a decisão mais radical, para que também percebam as diferentes alternativas que têm e que a vida nem sempre se revela igual, dependendo do caminho que tomamos.

No fundo, acho que agi bem, mas a ver vamos se irá surtir algum efeito!

Parabéns aos Noivos


Meus queridos amigos,
Neste dia que, a partir de hoje, passa a ser o «oficial», deixo-vos aqui um grande beijo de parabéns.
Pelo casamento, por aquilo que são e pela forma como sabem tirar proveito da vida.
Um bem haja aos meus compadres e que sejam sempre muito muito felizes.

3 de setembro de 2008

Hipocrisia

A hipocrisia de alguns, por vezes até me causa arrepios!
Mas haverá necessidade de «lamber o cú» (desculpem a má-criação) pela frente e falar mal por trás?
Não será mais fácil ser-se coerente connosco mesmos e lamber quem gostamos e ignorar quem não gostamos tanto?

Eu tento ser assim, mas cada vez e infelizmente me vou dando conta que muito boa gente pensa exactamente ao contrário de mim.

Vou-me contentando com a célebre frase de que «quem diz mal de nós pelas costas respeita-nos a frente» e que se o fazem é por inveja!
Mas que me dá arrepios, dá!

A vida tal qual ela é!

Infelizmente senti há dias a perda de uma pessoa de quem gosto muito e que marcou a minha infância e forma de encarar o outro.
Fez-me pensar novamente na vontade que sinto, por vezes, de voltar a ser criança e não saber o que sei hoje.

Aprendi na escola primária que os seres vivos, nascem, crescem, reproduzem-se e morrem.
E é mesmo assim, exactamente assim (alguns não reproduzem, está bem!).

Encaro muito mal a morte, mas a natureza não perdoa e fez-me relembrar os ensinamentos da primária quando alegre repetia a frase e inocentemente não pensava no sentimento.

Acerca da criminalidade

Já pensei que talvez não fosse preciso escrever sobre isto, mas apetece-me.
Fala-se, e os vampiros demagogos aproveitam para explorar o assunto, que há aumento da criminalidade em Portugal.
Ultimamante e diariamente é ver os jornalistas sedentos a apresentar mais um caso, ou de homícidio ou assalto ou roubo; não estivessemos nós em Agosto e eles sem grandes notícias para dar, já estava eu trancada em casa com o alarme ligado e as janelas e ferrolhos fechados.
Não quero dizer com isto que o que noticiam é mentira, mas dá-me ideia que há aqui um aproveitamento de situação e uma vontade de justificar algo pela classe política.
Vem o presidente e diz: -Mais polícias!
Vem o Governo e põe lá os polícias; parecem cães em matilha, a revistar tudo e todos e a barrar ruas e auto estradas.

E eu pergunto:
- Acham que é com mais polícia que se acaba com a criminalidade?

E as políticas anti-sociais, não serão as principais causadoras do aumento da criminalidade?
Para mim são pelo menos uma das. Isto vai de mal a pior, e cada vez se incentiva mais o desleixo, o roubo, a mentira, como forma de extorquir a sociedade.
Rendimentos mínimos, subsídios de reintegração, subsídios de sei lá o quê mais para quem não quer fazer nada, são, na minha opinião, uma das principais causas do aumento da criminalidade.
Arranje-se emprego a esta gente, limpem-se as matas, alegrem-se os lares, limpem-se as ruas, tanta coisa para fazer, em vez de enfiar o boné e as Nike e andar por aí a empurrar um carrinho de bébé e a viver à custa dos subsídios.

Claro que isto é um exemplo e muito mais há a fazer, mas não é com mais polícia que lá chegamos, disso tenho eu a certeza!

Férias, ricas férias!


E é com muita pena minha que digo, «já acabaram»!
Afinal, nem senti muito o facto de terem sido gozadas em Agosto, só agora aquela nostalgia de «o ano passado por esta altura estava a dar um bom mergulho».

E como já aqui tinha referido, estas foram muito diferentes de todas as outras, em vários aspectos, mas um deles, o alojamento, foi deveras alternativo.
Passo a explicar, aventuramo-nos em campismo.
Foram 4 dias de vida ao ar livre, que a T adorou e nós também (apesar que ao 2º dia fomos a correr comprar uns colchões, e mesmo assim não nos livramos do corpo moído e dorido).
No sitio onde escolhemos acampar estava pouca gente. Por ser onde era, até estávamos mais ou menos a contar com isso mas nunca pensamos que pudesse estar tão calmo e tranquilo.
O tempo ajudou (apesar de noites e manhãzinhas «geladas»), a piscina convidava a uns belos mergulhos e todo o parque rodeado de grande arvoredo (não estivesse ele inserido num parque natural)proporcionaram-nos uns belos dias de descanso e convívio.
E por falar em convívio, não posso deixar de referir o «frisante» e o belo leitãosinho assado que nos fez adiar o passeio uma boa hora e meia para que estes pudessem dançar uma valsa sossegada dentro de nós.
E quem passasse aquela hora na porta do restaurante deve ter pensado em quem seriam aqueles tolinhos que rebolavam no chão e riam alto (aquele frisante fez-nos regressar uns anos atrás e proporcionar grandes risadas às crianças).
No dia seguinte, descobrimos o armazenista e compramos uma caixa! :-)
Descemos para Centro e continuamos mais uma semana de muito rio, piscina, sol e brincadeiras.
Ainda deu para experimentar 4 dias a 4, nós dois com duas filhas, uma de 2 anos e outra de 5: LOUCURA TOTAL!
(eu quero, eu também quero; é meu, não é nada, é meu; queremos gelados, queremos gelados; muitos gritos, mas também muitos amassos, muita amizade e direito a choro aquando do regresso e da separação!)).
Quando chegamos a casa, olhamos um para o outro e confidenciamos:
- Precisamos de férias! :-)

Soube a muito pouco.
Cada vez me convenço mais que férias, para serem sentidas como Férias têm que ter duração de pelo menos 3/4 semanas seguidas, senão fica o sabor de fim de semana prolongado.

14 de agosto de 2008

Here we go!

E lá vamos nós de férias, na melhor época do ano!
Um pouco ainda às apalpadelas, muito diferente do habitual pois a esta altura do campeonato já estaria tudo marcadinho, mas talvez estas se venham a revelar as melhores (olha o meu optimismo! :-)).

Pelo menos vão ser diferentes, e vamos fazer uma coisa que já não fazemos há anos, passá-las com amigos!
Só isso, já me alegra de todo, e se os lugares não corresponderem às expectativas, temos a companhia de uns amigos muito curtidos, e a T, uma amiga para brincar.

No fundo, até me agrada esta ideia do incerto e do diferente.

Pode faltar a iniciativa, mas se me «puxarem» começo a chegar à conclusão que alinho em tudo (quase tudo, está bem! :-))

Tum, tum, tum, tum, tum, here we go!

De rir...

Ontem na cozinha, olhou para um quadro que temos pendurado com várias coisas, entre elas algumas fotografias e diz:
- Ah, olha, a mãmã, a I e a Padrinha!

(esta é para ti madrinha, que sei que nos lês!)

12 de agosto de 2008

Fui enganada por estes senhores!

1970, Agência de Viagens e Turismo Lda.

A minha vontade mesmo, era pintar-lhes a montra da loja com palavras tipo:
-Mentirosos!
-Enganadores!
-Aproveitadores de velhinhos!
-Vampiros!

(era eu ter um namorado mais tresloucado que alinhasse comigo, que a esta hora lá andavam eles de pano e detergente a limpar a montra e a entrada cheiinha de poios do meu zeca!)

Não é que não tivesse sido avisada antes de lá ir, mas fui, enganada!
E quando lá cheguei (de sorriso de orelha a orelha, pronta para levantar o talão, em 2 minutos,como nos haviam dito, e que nos levaria de graça a 3 dias de turismo rural)percebi logo tudo.
Bastou-me olhar para a tua cara Luisinho, a esconderes-te de nós e a seguir noutra direcção, para perceber que estava ali por engano!

Fiquei doida, já nem ouvia o que gajo dizia e já tremia, com vontade de lhe partir a cara.
Calma Joana, que ele está a trabalhar!
Foi o que me segurou. (apesar de educadamente lhe ter dito que tinha coisas bem mais interessantes para fazer e ouvir, ao invés de estar ali a ouvi-lo!)

Ficou incrédulo, nem queria acreditar que não queríamos o tal fim de semana (só lá tínhamos que estar para aí umas 3 horitas a ouvir que a dita agência consegue preços blábláblá, blábláblá), depois ficou branco, e por fim já dizia que a culpa era toda dele que não tinha conseguido fazer um bom trabalho!

Oh amigo mas você não percebe mesmo nada pois não?
Que lavagem cerebral lhe fizeram que você não consegue entender que há pessoas que têm 2 dedinhos de testa e não gostam, nem precisam de passar por isto?

E a velhinha que lá estava de sonda de oxigènio no nariz e que carregava atrás de si uma botija do mesmo, será que estava de bom grado?
Já lá estava quando chegamos e ainda lá ficou.
Houve quem dissesse que lá continuava porque queria, mas eu acho que a senhora estava era com vergonha de dizer que ia embora, e era educada!

Viemos a saber depois, que um casal amigo caiu na mesma esparrela o ano passado!

E que durante os meses de Verão passam por lá cerca de 3000 pessoas, pela mesma razão!(dito pelo vendedor)

Mas será que há pessoas que caem várias vezes nestas situações?
E concerteza compram algo,há totós para tudo!
Pois, não se anda há quase 40 anos a enganar os outros se estes não querem ser enganados!

A mim, não me apanham noutra!



Adenda: sei que não devo dizer«desta água não beberei», mas neste caso vou dizê-lo!Pois basta ligarem a dizer que ganhei algo ou se quero ganhar que nem os vou deixar acabar de falar, a chamada vai cair!

Isto está a ficar bonito

-Oh mãe!
-Diz!
-Eu sou muito malandra!

-Oh mãe!
-Diz filha!
-Não é filha, é ...inha!

-Posso comer um rebuçado, posso?
-Agora não filha, vamos jantar!
-Não é filha, é ...inha!
(e lá vai ela atrás do rebuçado, indiferente à minha resposta)

4 de agosto de 2008

Conversas na rua...

Estava eu hoje de manhã no passeio em frente a casa a despejar um balde de água numa grande larada que o menino cão lá tinha feito (a ver se disfarçava aquilo, que o passeio ficou mesmo intransitável), quando passa um senhor já com os seus 70 e muitos anos, olha para mim com ar de compaixão e diz:
- Somos sempre nós a limpar a porcaria dos outros!
- Pois, foi o meu cão - digo eu com ar meio envergonhado.
- Ah, foi? Então é bem feita.

Para mais tarde recordar


Este fim de semana foi em grande.
Depois de uma visita ao pediatra no sábado de manhã, de onde saímos «babadíssimos», rumamos aos arcos, onde já nos esperavam os amigos.
Surpresa total para a T quando chegámos, pois além da M (amiga do peito, peitinho mesmo!)estavam os gémeos (míudos atinados, que merecem um post próprio mais à frente).

Eu, como adoro a vida ao ar livre, senti-me parte da natureza e acho que consegui relaxar um bocadinho. (apesar de alguns contratempos relacionais mas que não valem a pena mencionar pois prometi a mim mesma que só escreverei coisas boas. Ando a fazer um esforço a ver se nem sequer penso nelas. Tema musical a adoptar «tou nem aí» e «don´t worry be happy».)
O rio estava bom (apesar dos françogueses também lá estarem!)e aquela água purificante fez-me bem.
Não me canso de dizer que um mergulho no rio purifica o corpo e a alma.
O corpo reage,treme, como que a expulsar as sombras e pesos que nos retraem.

Tanto mais aconteceu, mas não vou tornar isto numa enumeração de eventos.

Fica a lembrança de que, as crianças são mesmo o melhor do Mundo, basta libertá-las na natureza que sabem ser felizes e não complicam nada.

E que bom que é estar com os amigos e esquecer as horas....

A mini festinha

A piquiaia deliciou-se com o gelado em que espetamos a vela.
Cantou os parabéns a vocês (como ela o diz :-)) uma 3 ou 4 vezes, «agora ao pai, agora à mãe,...», comeu as guloseimas que quis, e por isso no dia seguinte de manhã ouvi «dói-me a barriga!», dançou, brincou, pulou, enfim, engrandeceu-nos o fim de tarde!

31 de julho de 2008

2 anos e meio de ti e para ti

Há 2 anos e meio atrás, por esta altura, já te tinha nos meus braços e devia estar a beijar-te as mãos.
Lembro-me que foi uma das coisas que mais me impressionaram, as tuas mãos.
Tão roxinhas, pequeninas e moles. As cartliagens dos dedos sentiam-se como inexistentes e trazias tantas peles a cobri-los!
Descobrimos logo que tinhas a cabeça do dedo mindinho ligeiramente torto e achamos piada. :-) :-)
Dava-te beijinhos nas mãos pois achava que assim conseguiria activar a circulação e aquecer-tas, apesar de dizerem que era normal nasceres com elas assim.

Um ser tão frágil, à minha responsabilidade, alterou por completo a ideia que tinha do «serei capaz» e despertou em mim o instinto animal mais puro, o da maternidade.
Hoje, já não consigo imaginar a minha vida sem ti, perdeu sentido esse pensamento.

Quando penso, parece que sempre estiveste comigo.
(capaz de parecer algo confusa esta ideia, mas se lida por uma mãe, será entendida na perfeição).

Gostava de te dedicar uns versos, mas hoje, não me sinto nada inspirada.
(não sei se é da chuva, se da altura do mês)

Brincadeira, beijos e carinhos vou dar-te muitos.

Velinhas para apagar também vais ter direito.

Rebuçados, chupas, gomas e gelados (como gostas de enumerar), nem preciso oferecer-tos, vais exigir-mos :-)

Adoro-te minha filha, hoje e sempre.

30 de julho de 2008

O meu mais velho

É merecedor de um post próprio, o meu Z.

Está connosco há quase 12 anos e como sempre, desde que nasceu, é o cão mais lindo, meigo e mau-feitio que alguma vez conheci.
O seu passatempo favorito e aquilo que noto lhe dá real prazer é comer. Então agora, com o aumento dos anos, está um verdadeiro velhinho guloso.
Acaba de jantar e senta-se logo de seguida dentro da despensa, a olhar para cima em direcção à prateleira dos biscoitos, e rouba tudo e mais alguma coisa que a T esteja a comer (até queijo cãozinho, que sempre detestaste, agora comes!).

É dos melhores amigos da piquiaia, deixa-a fazer tudo o que nunca permitiu a nenhuma criança ou mesmo adulto, e ela adora-o do fundo do coração. Chega a chorar por ele, quando vai dar uma volta e demora a aparecer.
E ele, que não gosta nada de «marchar» ao nosso lado mas sim de dar os seus ares de selvagem mau-feitio e correr atrás de outros cães, quando o passeamos com ela, parece um cão de guarda e não desgruda.
Adoro vê-la cansada, no final do dia, a estender a fraldinha no lombo dele, a deitar a cabecinha por cima e a ali ficar a fazer-lhe festas, e a fazer dele almofada.
Nunca se esquece que ele tem que comer e quando não lhe apetece mais e perguntamos «e agora quem vai comer isto?», responde sem rodeios, «o z».

Se lhe ralho e lhe dou uma palmada, olha para mim com «cara» de ofendido e rosna.
(sinal do seu mau feitio, mas não só, acho que até tem razão, mania esta dos humanos de quererem mandar nos animais e pô-los à sua imagem).

Se por acaso há berros mais exaltados em casa, vai para um canto, de rabo no meio das pernas (leia-se patas) e fica a olhar para nós de orelhas baixas, olhar triste e a tremer.

Quando saímos de casa e não o levamos, lá fica ele, a tremer de olhar triste.

E tanto mais haveria para dizer...

Apesar do montão de pêlo espalhado pela casa (que me obrigas a aspirar diariamente, mesmo ao Domingo e quando estou cansada), dos pêlos nas roupas e em tudo o resto, nunca o trocaria por um «despeludo», nem jóia, nem diamante.

Tenho por ele um amor tão grande, que quando lhe chamo o meu mais velho, digo-o de forma sentida, porque ele é mesmo o meu mais-velho!

29 de julho de 2008

Férias em Agosto

Estou a começar a ficar com o cérebro baralhado.
Estamos a 15 dias das férias e prognósticos, nada.

Detesto férias em Agosto....
É tudo mais caro, bichas astronómicas em todo o lado, camones aos montes por aí deslizando a 25km/h nos seus carros topo de gama e com os lindos filhos aos gritos « Mama, vou à la piscine».

Há anos que não as faço e espero sinceramente que este ano, a surpresa seja tal, capaz de afastar este estigma da minha cabeça.
(lá está o meu lado optimista a querer sobrepôr.Acorda!)

Porque tão cedo não me vou livrar dos 10 dias úteis em Agosto!!!

Já é a 2ª época de férias, mas mesmo assim, encho-me de expectativas.
E, apesar de inicialmente ter dito que a 1ª é que era a verdadeira e que, como Agosto seria impossível, até poderíamos ficar por casa e sair de quando em vez para uns passeios, agora arrependo-me!

Devia estar louca nesse dia!

Férias só são férias quando há azáfama das malas, dos bilhetes e das marcações.
Não consigo imaginar férias de outra forma.

Depois olho para as promoções das agências de viagens e imagino-me em alguns sítios.
Mas após a imaginação, chega a realidade:
«Hello! Estás em Agosto querida, queres fazer parte das estatísticas da sardinha enlatada?»

Eh pá, que grande seca!
Aceitam-se sugestões....

28 de julho de 2008

Acabaram com a «caixa»

À conversa com uma amiga, mãe de uma filha de 5 anos a caminho da 1ª classe, dei-me conta de que acabaram com a «caixa»!

Mas o que é então a «caixa»?
Passo a explicar (lembrar-se-ão, de certeza):
Quando andava na escola primária, no início do ano, os nossos pais entregavam uma verba simbólica na escola, para pagamento da referida «caixa».
Caneta, caderno, borracha e lápis, eram fornecidos pela própria escola, a todos os meninos.
E era este o material que podíamos usar.

Não havia o estojo, caneta, régua, borracha, elásticos, marcadores de caderno, etc, etc, da Kitty.
Haver, havia, mas não levávamos para a escola, não era permitido.

Uma questão de não evidenciar diferenças?
Uma questão de equiparar todos ao mesmo nível?

Ou porque alguns pais naquele tempo nem dinheiro para essas coisas tinham e a própria escola assegurava o fornecimento, a tempo e horas necessários?

Disse-me essa mesma amiga que «acha» que continua a existir, para aqueles que necessitam.
Sinceramente, não fui averiguar se isso se passa ou não, mas uma coisa é certa, os propósitos que enumerei acima foram «cano abaixo».

Posso parecer saudosista e mesmo até retrógada, mas que gostava de avisar a professora quando algum material acabava, gostava.

E era menos uma preocupação para os meus pais....

Já consigo imaginar...
«Oh mãe, a Rita tem um estojo do Noddy, com canetas, lapiseira e calculadora na régua.
Também quero...»

25 de julho de 2008

Acabei com os aifives!

Já andava há algum tempo para o fazer.

Sinceramente acho que nem damos conta, mas de que serve ter as nossas fotos e meia dúzia de interesses relatados num sítio de livre acesso a todos?
Encontrar velhos amigos, talvez esse o mote que me fez aderir.
Mas de que serve encontrar velhos amigos para os tornar amigos do hi5?
Interesse tinha se nos encontrassemos.
Agora ser tua amiga só no hi5 e continuar a não poder olhar para ti e conversar....

Mas o que me fez mesmo desistir foram os pedidos de amizade de pessoas que sinceramente, pela cara porque não vemos mais nada, têm ar de maníacos, violadores, estripadores!

E dei por mim a pensar: «e se este gajo passa por mim na rua, me reconhece e se sente no direito de me abordar?»
Não, não quero, não preciso de sentir nada disso!

A minha rica filha

Está a ficar uma menina.

Ainda nem dei conta, parece que foi hoje de manhã a primeira vez que fiquei aflita porque ela chorava e eu não sabia o porquê.
E depois disso ela já cresceu tanto, já percebe tudo, o que queremos e o que não queremos....
E ontem distraída à mesa a conversar com o pai, quando ouço:
«crédito pessoal»
Hã?!
Olhamos um para o outro com ar de indignados e risonhos ao mesmo tempo.

E não é que ela estava a ouvir a nossa conversa e repetiu o que eu tinha acabado de dizer?
E como achamos piada, a partir daí passou a repetir tudo o que eu dizia....sabem aquelas brincadeiras estúpidas mas que têm imensa piada para quem as faz e irritam quem está a ser imitado, que adorávamos fazer quando eramos putos? (as vezes quando me dão ataques de criancice ainda as faço)

Estás a ficar tão crescida minha filha.

Até já ficas feliz por te oferecer uma escova para o cabelo e vais para a escola toda vaidosa a pentear-te!

Optimista, eu?

Ainda a propósito do post anterior, dou por mim a pensar variadíssimas vezes que sou uma pessoa optimista.
Mas como pode uma pessoa de ansiedade quase extrema ser optimista?
Confuso não é?
Para mim não, porque eu sou mesmo assim.

Sofro por antecipação...Ainda me lembro, nas épocas de exames na faculdade, quando nada passava pela minha garganta e quase tudo o que passava, não fosse eu distrair-me imediatamente com outra coisa, logo rumava « Rio Douro abaixo».
Depois, quando entrava na sala de exame, passava, mas até aí, não havia camisola que resistisse a tanta transpiração transbordada.

Quando o exame acabava: «Correu-me bem», era a frase de ordem do dia. (mesmo às vezes quando não corria e chumbava :-)).

Como neste exemplo prático, acho que sou assim em quase tudo na minha vida.
Sofro, sofro, sofro, mas acredito sempre num final feliz!

:-) :-)

O copo, está meio-cheio ou meio vazio?

Vi hoje, de fugida, o final de uma reportagem no telejornal, acerca de 2 rapazes que viajam de bicicleta pelo Mundo, com pouco dinheiro.´
Já não fui a tempo de perceber bem como o faziam, mas cheguei a tempo de ler algo que tinham escrito e que me ficou gravado, porque gosto de o «ouvir» e de pensar assim:
«... o copo está meio cheio e não meio vazio.
Devemos beber esse meio cheio felizes.
Porque meio copo cheio já é capaz de matar a sede a alguém»

23 de julho de 2008

Pões-me a cabeça em água mas enches-me o coração

Ontem a caminho de casa

-Mãe olha, um macaco!

-Oh filha, não é um macaco, é o homem aranha (outdoor publicitário de uma marca de detergente)

-Eu gosto do homem aranha!

-Gostas?

-Não, não gosto. É feio
(com aquela careta linda que fazes quando franzes a testa e piscas os olhos)
-Não gosto de homens feios, só dos bonitos!

E tem esta pirralha 2 anos e meio!!

O meu estado de espírito

Ando nervosa, inquieta, não consigo concentrar-me em nada que faça.

E não consigo «dar a volta» e pôr-me diferente.
Tento, mas não consigo.

Têm sido tantas mudanças e ao mesmo tempo mudanças nenhumas!

Já nem sei o que quero mudar nem para que mudar quero ir.
Ai, que sinto-me tão confusa.

Que crise é esta?
Quantas mais virão?

Ai quem me dera ser criança novamente e não saber o que sei hoje.

Ainda a propósito de fazer as contas

Quantas vezes já cantei a música do Noddy e do Ruca?
Já não consigo fazer as contas....mas mais de 1000 foram de certeza.

E quantas vezes já disse:
- Pára de fazer asneiras T!
Também já não sei....

Já agora:
-És o meu tesouro e o sol que ilumina os meus dias.
Também já não sei quantas vezes to disse.

Amo-te tanto minha piquiaio que todas as asneiras que faças nunca conseguirão encobrir este sentimento.

18 de julho de 2008

Acho que ainda dá para fazer as contas

Tenho uma filha linda a completar 2 anos e meio.
Toda a santa noite quer que lhe conte a mesma história.
Já tentei mudar, já tentei pegar num livro, já tentei até inventar outra, mas nada.
Ela quer sempre a mesma...
E hoje pensava, que se fizesse as contas, conseguiria saber quantas vezes já contei a mesma história :-)
Pois então......
Já lha contei pelo menos umas 180 vezes!!!!!
Isto a fazer as contas a uma por dia, porque se for contabilizar todas as outras vezes, durante a noite quando está doente e algumas sestas, ultrapassaria concerteza as 200.
E ela só tem 2 anos e meio!!

16 de julho de 2008

Para ti

Hoje é um dia especial.
Mas, eu não me sinto nada especial.

Foi há 17 anos. Eu, na minha inocência de menina, experimentava a sensação de ter um namorado por umas 2 semanas, até que o tal voltasse de férias.
E tu, talvez porque me achavas gira, porque tinha dado uns beijitos a um amigo teu e não podias ficar atrás, agarraste-me quando já ia para casa, às 22.45, e deste-me um beijo, tão esquisito que, se fechar os olhos, ainda hoje consigo sentir a mesma sensação.

Hoje não me darás o tal beijo.
Hoje a «ausência» tomará conta de nós.

15 de julho de 2008

Mudam-se os tempos

Hoje combinei almoçar com 2 amigas, em que uma delas já não a via há certamente 3 anos. Na realidade almoçamos 4 pois uma apareceu de surpresa. Mas isto para dizer que combinamos à uma da tarde e eu, à hora marcada lá estava. Sozinha....!!!
Nã, não almocei sozinha, mas contrariamente ao costume, fui a primeira a chegar.
E que bem me fizeram aqueles 10 minutinhos de espera.
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Foi tão bom rever estas amigas, pôr alguma conversa em dia, falar dos filhos, claro (e eu como mão galinha que sou, fui acompanhada de máquina fotográfica), relembrar episódios antigos, fazer as contas aos anos que já nos conhecemos (aqui senti-me velhota :-) ).
Foi bom, muito bom e principalmente porque já ficou marcado outro almoço para a próxima semana....
E outros virão, concerteza.
Poderia tê-lo feito quando nasceste para aqui enumerar e partilhar todas as alegrias que nos tens dado.
Poderia tê-lo feito quando engravidei...
Poderia tê-lo feito quando iniciamos a nossa vida a dois...
Poderia tê-lo feito quando começou a «moda» dos blogues...
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Só agora senti essa necessidade....

E não é que perdi o medo e deixei de lado a preguiça?

Ando para me aventurar nestas «vidas» já há algum tempo. Mas, por preguiça, medo de não saber fazer e comodismo, nunca o tinha feito.
Espero que com o blog, consiga partilhar algo, por vezes desabafar e mostrar-vos algumas das «minhascoisas».
Para já vou manter isto o mais secreto possível, a ver como corre.