Convenço-me a cada dia que passa, que o meu estado de espírito é inversamente proporcional à vontade de escrever.
Se ando mais em baixo, a vontade de desabafar incita-me à escrita, caso contrário, torno-me uma molengona de primeira, tudo o que vou a escrever na altura me parece babuseira e opto por ficar assim caladinha.
Ora «portantios», denota-se que não ando muito bem. Ao mesmo tempo, estou feliz. (já disse aqui que sou bipolar?!)
Pouco planeada mas desejada, estou novamente grávida.
E agora, tal como da primeira vez, o misto de emoções é tão grande que há momentos em que só me apetece sorrir mas também há outros (maioritariamente estes!) em que só me apetece chorar.
Ando muito ansiosa, nervosa e de mau-humor. Para ajudar à festa, os enjoos chegaram em força, e a porra da azia também (estou com 8 semanas de gravidez e quase tudo o que como, excepto maçãs, me provoca azia. Se for como quando foi da T, vou andar 9 meses com azia, logo eu, que só sofro dessa p.... de maleita na gravidez!).
E então, tcharam...já me tinha esquecido do quanto não gosto deste meu estado!
(meninas que dizem que adoram estar grávidas, que são os melhores meses da vossa vida, vocês são doidas).
A mana está «feliz de contente», conta a toda a gente a novidade, pergunta-me se o bébé está bem, o que está ele a comer quando nós próprios estamos na mesa a comer, diz que o cão é dela, da mãe, do pai e do bébé (já o inclui no seio familiar :-)), linda esta minha filha. A luta pela larga da chucha é que está cada vez pior, ela é viciadíssima na dita e mesmo cheirando mal da boca ao acordar por não a largar nunca durante a noite, não consegue ganhar vontade para a deixar de vez.
O pai também está feliz, apesar que desta vez a euforia não é tão grande, ele reservado como só ele de transparência de emoções e sentimentos tem-se fechado um pouco, mas eu sei que está feliz.
Sinceramente não sei se esta foi a melhor altura para decidir ter outro filho, mas como diz o provérbio «quem pensa não tem filhos» e acho que foi mais ou menos isso isso que aconteceu, não pensamos.
É ainda muito pouco tempo, vamos com calma.
E esperar que todas estas alterações hormonais comecem a acalmar e me deixem assim a modos que, ficar um pouquinho mais animada.