É merecedor de um post próprio, o meu Z.
Está connosco há quase 12 anos e como sempre, desde que nasceu, é o cão mais lindo, meigo e mau-feitio que alguma vez conheci.
O seu passatempo favorito e aquilo que noto lhe dá real prazer é comer. Então agora, com o aumento dos anos, está um verdadeiro velhinho guloso.
Acaba de jantar e senta-se logo de seguida dentro da despensa, a olhar para cima em direcção à prateleira dos biscoitos, e rouba tudo e mais alguma coisa que a T esteja a comer (até queijo cãozinho, que sempre detestaste, agora comes!).
É dos melhores amigos da piquiaia, deixa-a fazer tudo o que nunca permitiu a nenhuma criança ou mesmo adulto, e ela adora-o do fundo do coração. Chega a chorar por ele, quando vai dar uma volta e demora a aparecer.
E ele, que não gosta nada de «marchar» ao nosso lado mas sim de dar os seus ares de selvagem mau-feitio e correr atrás de outros cães, quando o passeamos com ela, parece um cão de guarda e não desgruda.
Adoro vê-la cansada, no final do dia, a estender a fraldinha no lombo dele, a deitar a cabecinha por cima e a ali ficar a fazer-lhe festas, e a fazer dele almofada.
Nunca se esquece que ele tem que comer e quando não lhe apetece mais e perguntamos «e agora quem vai comer isto?», responde sem rodeios, «o z».
Se lhe ralho e lhe dou uma palmada, olha para mim com «cara» de ofendido e rosna.
(sinal do seu mau feitio, mas não só, acho que até tem razão, mania esta dos humanos de quererem mandar nos animais e pô-los à sua imagem).
Se por acaso há berros mais exaltados em casa, vai para um canto, de rabo no meio das pernas (leia-se patas) e fica a olhar para nós de orelhas baixas, olhar triste e a tremer.
Quando saímos de casa e não o levamos, lá fica ele, a tremer de olhar triste.
E tanto mais haveria para dizer...
Apesar do montão de pêlo espalhado pela casa (que me obrigas a aspirar diariamente, mesmo ao Domingo e quando estou cansada), dos pêlos nas roupas e em tudo o resto, nunca o trocaria por um «despeludo», nem jóia, nem diamante.
Tenho por ele um amor tão grande, que quando lhe chamo o meu mais velho, digo-o de forma sentida, porque ele é mesmo o meu mais-velho!
Há 1 ano


1 comentário:
Ai como te compreendo...
Nós adoramos animais...E sempre tivemos cães..desde que estávamos na Universidade cada um tinha o seu (eram os nossos filhotes...lol) e depois veio o Brutus - um Irish Wolfhound (delicadinho)...que faleceu o ano passado... Antes disso o Adolph faleceu de problemas cardíacos e a Lira de diabetes graves...
Foram partidas muito sentidas como se fosse um nosso parente...
Como vivemos na casa dos meus sogros e eles não autorizam, porque os cães "sujam"...neste momento não temos nenhum, mas sinto falta de ter cão e os miúdos também...
Precisavam de uma amiguinho desses para brincarem....
Como te invejo pelo teu Zeca...
Enviar um comentário